sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Perder e lutar


Boa tarde minha gente,( garotada do encontro orando)

Cheguei esta noite de Lima-Peru depois de uma das mais incríveis experiências da minha vida. Estive 3 dias com 110 garotos entre 10 a 15 anos numa sede de acampamentos na praia em Lima. Foi demais e explico porque.

Já tive oportunidade de pregar e falar em lugares maravilhosos e para públicos maravilhosos. Agora, se eu tivesse que classificar o grupo desta semana eu os classificaria como o grupo mais difícil de todos. Garotos costumam não prestar atenção a nada ou a quase nada e eu era um desses "nadas" desses garotos.

Todas as vezes que terminava minha parte (eu fazia um devocional de manhã e outro a noite) eu saia do salão me sentindo um completo fracassado. Deus me abençoou com o dom da pregação, mas isso não quer dizer nada para essa gurizada.

Na noite de abertura eu saí do salão perguntando para mim mesmo: o que estou fazendo aqui? perdendo o dinheiro deles e o meu tempo? Sentimentos horrorosos, sentimentos mesquinhos, sentimentos reais.

Nunca me aventurei a falar para esse tipo de pessoas. Fujo dos meus colegas capelães e acho que o trabalho dele é incrivelmente demais, mas eu mesmo nunca havia tentado com vontade. As pessoas de lá foram muito gentis comigo tentando me animar e me motivar dizendo que os temas estavam bons e que a garotada estava gostando e etc.. foi então que aconteceu.

Lembrei-me de uma frase de Rui Barbosa: " Melhor o choro da derrota que a vergonha de nunca ter lutado"! Essa frase faz muito sentido.

Verdade. Nossa vida é feita de vitórias e de derrotas. Inevitável que seja assim. Umas a gente ganha outras a gente perde e essa dança faz parte da dinâmica da vida. O que não faz parte ou não deveria fazer parte dessa dinâmica é a covardia de não lutar.

Tem gente que nunca luta porque sempre acha que pode dar errado. Nunca se casa, nunca muda de emprego, nunca muda uma rotina, e porquê? Qual o medo da mudança? A derrota.

Hoje meu desafio de fim de semana é lutar sempre. Lute com todas as forças de seu coração, do seu ser. Lute com todas as armas válidas e vença o que precisa ser vencido. E se a batalha estiver dura, e se a derrota for iminente, e se o sabor amargo do choro chegar a sua garganta, então chore a derrota em paz. Sua parte você fez: você lutou.

Eu lutei. Mudei meu estilo de pregação. Contava história atrás de história. Fazia graça o tempo todo.

Se prestaram atenção em mim, não sei. O que sei é que lutei e lutei muito. Sinto ter fracassado como pregador, mas isso agora nem é muito mais importante. Fiz o que pude, e se o que pude não foi suficiente, paciência e bola pra frente.

Amigo, entre no campo e lute. Entre na batalha e vença com a certeza de que mesmo o choro da derrota acaba com o sorriso da vitória na próxima batalha.

Um forte abraço para todos e bom fds.

Até mais.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Carnaval..


Fala pessoal,(depois do CEVISA eu abandonei o refrigerante... menos esse ai ao lado!!)


Hoje é bem rapido, apenas para desejar a todos um bom recesso. Aproveitem para descançar do ano que mal começou.


Eu estarei aqui no DF atendendo alguns acampamentos e na segunda de manhã vou a Lima-Peru para dar uns seminários para filhos de pastores. Será minha primeira vez nesse tipo de audiência.


Por favor, orem para que Deus me ajude a ajudar uma garotada que está passando por tudo o que eu já passei.


Vou tentar postar de lá.


Abraço e bom final de semana.


Ps. Estou pensando em fazer um videoblog. Acho que seria bem legal contar coisas pessoalmente.Quem viver, verá...

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

O que me faz feliz?


Bom dia. Ontem não consegui postar. Volto hoje com força total. Estou terminando minhas meditações sobre a semana no CEVISA (www.cevisa.org.br).

Hoje vou contar sobre a terça-feira da desintoxicação. Sucos e sopas para fazer uma limpeza interna do corpo. Estava precisando mesmo. Passamos o dia a base de suco. De manhã tinha direito a dois copos de suco. Escolhi o mais grosso deles e tomei dois copos para fica com menos fome. No meio da manhã outro copo de suco de sei-lá-o-que-e-nem-quero-saber. Na hora do almoço duas conchas de sopa. A sopa até que estava boa, mas só duas conchas era de matar o cara. No meio da tarde outro suco. um copo apenas. No jantar sopa outra vez.

Apenas pra deixar claro, fome mesmo eu não passei. Os sucos estavam razoavelmente bons e as sopas deliciosas. O grande problema é a ansiedade.


Quando cheguei ao jantar encontrei alguns colegas que não estavam no regime por não precisarem. Eles estavam comendo tudo o que queriam. (Outra nota importante é que dentre as coisas boas do CEVISA, uma delas é o pão integral que eles preparam. Acho que é o pão mais gostoso que já comi.) Cheguei para jantar e um cara estava comendo um sanduiche com alface e tomate e queijo feito naquele maravilhoso pão integral.
Cá com meus botões pensei: se eu pudesse comer um sanduiche daqueles..... minha noite seria perfeita!!!

Já reparou que muitas vezes agente condiciona nossa felicidade a coisas e geralmente a coisas que os outros tem? Se eu tivesse aquele carro, se eu fosse casado com aquela pessoa, se eu pudesse viajar como ele viaja, seu eu morasse aonde ele mora, se eu tivesse o tenis que ele tem, etc...


Existem alguns problemas nesse tipo de atitude:


1- Ilusão - Nenhum objeto traz felicidade e sim apenas uma breve euforia. Compre um carro e você logo descobre que mesmo num carro novo as brigas continuam, o IPVA vem, o pneu fura. É bom demais poder comprar algo legal com o qual sonhamos a bastante tempo, mas condicionar nossa felicidade a esse objeto é mera ilusão. Quando era garoto meu sonho era ter uma conta no BankBoston!!! Tinha um perto de casa e eu achava o nome muito chique e me imaginava preenchendo meu cheque daquele banco ou tirando o cartão daquele banco apenas para impressionar. um dia recebi uma proposta para ter o cartão deles. O cartão chegou e meu crédito era tão miserável que eu mal usava o cartão! E pior, acho que o banco fechou porque nunca mais ouvi ou vi o tal banco!!!


2- Fuga - Quando eu condiciono minha vida a coisas que os outros tem eu acabo deixando de viver o que tenho para viver. É por olhar demais para os lados que acabo batendo a cara num poste!! Pare de ficar olhando para o que os outros tem, para onde os outros moram, para o que os outros fazer e se concentre em você, no que você tem, aonde você mora, no que você faz!!! É como tentar fugir de uma situação usando a tática do avestruz! Sai pra correr ontem de manhã (resquisios do CEVISA) e enquanto arrumava meu Ipod continuei andando e olhando para baixo. De repente parei e olhei pra frente e vi a menos de um palmo de distância um poste!!


3- Abandono - Quando eu gasto tempo demais olhando para os lados na vida acabo abandonando o que tenho de bom ao meu lado. Isso serve muito para um casamento, para um relacionamento. Queria aquela pessoa ou aquela outra ou todas aquelas!! Acontece que você nunca terá e corre o risco de perder o que tem de bom ao seu lado. Já pensou nisso?


Quanto ao sanduiche? Deixei de lado, virei as costas, olhei pra minha sopa e disse: você é demais! Já estava perdendo o juízo! hehehe.

amanhã devo contar a ultima do cevisa e preciso ir em frente. Teve muita coisa legal nesta semana para compartilhar com vocês.


A propósito, quando cheguei em casa cuidei em fazer aquele maldito sanduiche. Pense num sanduiche bom..... e o pate de ricota com alho que fiz pra acompanhar?!!!

Quer a receita?
Conto em outro post

Até amanhã

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Correção

Refiz o texto abaixo. Minha culpa!

abraço a todos

culpa sem razão

Voltei

Já é quase hora do almoço e estou aqui esperando um e-mail de minha esposa para certar alguns detalhes.

Já teve vontade de fazer o que é errado simplesmente por fazer? Não que houvesse uma tentação grande demais ou que alguem estivesse te atazanando para fazer o que é errado! Simplesmente porque pintou a vontade de fazer o que é errado?!

Eu vivi isso.

Tá certo que no último post eu disse que passei fome. Não é tão verdade assim. Fome fome eu não passei. Mas pense numa vontade de comer uma pizza ou uma boa macarronada ou simplesmente a vontade de repetir minha meia porção de rabanetes!!!

Conversando com um amigo eu perguntava: porque essa vontade se eu não estou com fome? Todas as vezes que eu passava pelo balcão de comida uma fatia de pão integral piscava pra mim.

A verdade é que a maioria dos erros que cometemos é porque simplesmente queremos. Nada de tentação, nada de atração insâna, nada de momento de fraqueza, nada disso: simples escolha, simples assim.

Como eu sei disso? Assim é comigo. Geralmente meus erros são porque eu escolhi comete-los!

Por exemplo. Estava assistindo ao meu seriado favorito em DVD sozinho em casa. Leninha e Júlia tinham viajado para a casa da sogra. Eram por volta das 22:00h e eu já havia tomado uma sopinha leve para não exagerar a noite. Não tinha nada de fome, nenhuma vontade de comer nada, mas ver um filme sem algo pra beliscar é como ver filme em russo com legenda em alemão!

Levantei do sofá e foi a cozinha vasculhar o ambiente. Não encontrei nenhuma pipoca ou biscoito interessante.

Voltei pro sofá. O filme em russo passou sua legendas para o japones. Tava ficando dificil!

Levantei e pensei: um bis seria uma boa ideia agora. Só unzinho.

Saí de casa, fui ao supermercado 24h e comprei meu bis. Voltei e comi só unzinho, acredita?!

Lá se foi uma caixa e la vem a culpa me dizendo: seu gordo! Você comeu uma caixa inteira de chocolate quase meia noite!!! Você não tem vergonha?!

Porque estou escrevendo isso?

Muita gente sofre porque não consegue aceitar que errou. sempre tem alguem pra culpar, sempre o erro é culpa de alguem, sempre é alguem o responsável por sua falha!

Pra ser feliz é preciso saber admitir que eu sou o responsável quando eu sou o responsável, é preciso admitir que eu sou o culpado quando eu sou o culpado.

Estava num grande e luxuoso hotel de São Paulo e o balcão do check-in me mandou a meu apartamento. Chegando lá o carregador abriu a porta e havia outro hospede lá. Fiquei bem chateado com aquilo. Descemos os 15 andares de novo e lá no balcão esperei pelo gerente. Estava pronto para fazer uma boa reclamação quando o gerente apareceu e com toda a tranquillidade disse com humildade: Senhor, nós cometemos um erro. É nossa culpa essa falha e estaremos reparando isso agora. Aqui já está a chave de seu novo apartamento. Fiquei sem palavras.

Sempre que você admitite que errou a pessoa ofendida acaba ficando meio sem palavras já que é dificil que alguem admita seu erro em nossos dias.

Sendo assim, tente colocar isso em prática, seja em casa, no trabalho ou mesom no transito quando você fechar alguém.

Por falar em erro, vou almoçcar logo antes que minha esposa fique chateada comigo e isso seria um erro de minha parte.

Um abraço e até amanhã.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Disciplina: Essência da vitória


E dai pessoal, (Eu tomando suco na terça. Pense numa fome!)

Fiquei fora uma semana sem poder escrever ou me comunicar com vocês. Estive num centro de vida saudável e parece que faz mal a saúde ter internet por perto. Tentarei escrever todos os dias desta semana contando como foi por lá e como foi o final de semana também.

Cheguei ao CEVISA para uma semana de reestruturação da minha saúde, ou seja, uma semana de castigo por todos os excessos cometidos durante anos. Cheguei na hora do almoço e logo tivemos uma palestra introdutória e dai fomos almoçar. Na porta do restaurante estava a nutricionista com meu regime: salada crua a vontade, uma colher de chá de arroz e uma colher de cha de feijão e de sobremesa salada crua a vontade ( tô exagerando um pouco, bem pouco). Sai da mesa sentindo uma vazio dentro de mim. A tarde foi hora da hidroginástica. Nunca pensei que me cansaria de ficar pulando dentro d'agua. Fiquei fã da tal hidroginástica. Depois disso um pouco de hidroterapia e exames médicos e finalmente a hora do jantar e na minha receita estava escrito: meia colher disso, meia porção daquilo.

Acontece que eu estava decidido a melhorar minha saúde e a perder alguns quilinhos. Na segunda mesma coisa, desta vez acrescido de academia, caminhada as 6 da manhã, futebol com a pastorada. Pense numa fome, mas eu estava decidido.

Na terça minha dieta seria de sucos e sopas(desintoxicante). Lá fui eu me desintoxicar e passar fome. No meio da tarde ja estava tendo visões de lasanhas correndo atras de mim. Tenho quase certeza que fiquei conversando por meia hora com uma pizza marguerita. Mas estava decidido.

A semana foi divertia e pude descobrir o que é a essencia da vitória: disciplina.

Confesso que sou indiciplinado. Sonho em ser mais disciplinado com meu exercício físico, com meu trabalho, com meu estudo, com minha família. Me esforço e muitas vezes consigo. Nesta semana descobri algo que talvez já soubesse: toda vitória tem um preço a ser pago e esse preço é a disciplina, a força de vontade. Você pode vencer se for discipliado, se tiver força de vontade.

Muitas vezes, por mais disciplinados que sejamos, chega um momento aonde da vontade de jogar tudo para o alto e se atracar com um belo fetuccine alfredo. Na terça de manhã estive orando a Deus e pedindo forças pra conseguir ser disciplinado.

Sendo assim, já que todos precisamos dessa força de vontade, dessa disciplina, lá vão algumas dicas:

1- Ore. A oração vai te ajudar muito por que ela abre a porta do deposito de bençãos do céu e uma dessas muitas benção se chama: força de vontade.

2- Tenha sempre um amigo para lhe ajudar. Contar com alguem é muito bom. Juntamente com um amigo nos esforçamos muito para que nossa dieta tivesse sucesso. Hora ele me policiava hora eu. Assim é melhor a luta, assim o caminho fica mais simples.

Bom, terei que ser muito disciplinado nesta semana. Tenho muito a fazer. Conto com suas orações e com sua paciência caso não consiga postar.

Sobre minha dieta e se perdi peso ou não, converso com você em outro post.

Agora, voltar a meu trabalho.

Um abraço e até amanhã.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Nobreza


E daí pessoal?! Meu pé melhorando e a tentação de joga alguma coisa aumentando. É a vida.

Já que não posso jogar então vou escrever sobre jogar. Domingo passado assisti a final do aberto da Austrália (Tennis). Foi um dos jogos mais incríveis que assisti nos últimos tempos. Gosto de esporte e penso que o esporte é uma boa fonte de lições para a vida.

Nunca gostei muito de Rafael Nadal, que foi um dos finalistas e é atualmente o melhor do mundo. Não gosto do seu estilo de jogo, dos seus golpes e principalmente porque ele ganhar sempre do Roger Federer, que atualmente é o segundo melhor do mundo e foi o outro finalista. Sou fã do Federer por sua postura, classe em jogar e frieza em finalizar um adversário.


No domingo Nadal ganhou do Federer. Novidade nenhuma. A novidade foi o choro de Federer que até então também era conhecido como homem de gelo por nunca demonstrar suas emoções em quadra, seja na vitória ou na derrota. Federer chorou e chorou como criança. Quem gosta de esportes também chorou.


Agora, o grande ponto de tudo isso foi à postura de Nadal.


O que você faria se visse seu maior concorrente a uma promoção no trabalho chorando porque você conseguiu e não ele? O que você faria se visse um adversário de vendas desabando porque você vendeu mais que ele? O que fazer quando vemos que eu consegui e meu próximo não?

O que Nadal fez?


Ele quebrou os protocolos e abraçou o seu maior adversário como quem abraça um irmão ferido, como um pai abraça um filho que viu um brinquedo se quebrar. O abraço de Nadal mostra entre outras coisas uma característica dos grandes campeões da vida: nobreza. Saber reconhecer o valor de seus oponentes, de seus adversários. Nadal pouco comemorou o título em respeito aos sentimentos de Federer. Nadal havia feito algo semelhante dois dias antes ao bater o recorde de jogo mais longo da história do torneio: 5h17min de jogo. Uma batalha de proporções épicas. Desabou no chão após o erro de seu adversário e logo se levantou e quebrou os protocolos rígidos do mundo do tennis ao pular a rede e ir em direção ao seu adversário e conterrâneo Fernando Verdasco e abraçar ao amigo reconhecendo que eles fizeram algo grande e que apesar da derrota ele, Verdasco, era um vitorioso.

Nobreza.

Características cada dia mais escassas em nosso meio.
Nobreza ao permitir que um idoso pague suas comprar primeiro do que eu. Nobreza de ceder meu lugar no ônibus a uma senhora. Nobreza ao ajudar alguém a carregar suas compras. Nobreza de reconhecer o valor das pessoas pelo que elas são e não pelo que dizer que são. Nobreza de reconhecer que errei e que posso melhorar. Nobreza de aceitar uma opinião diferente da minha. Nobreza de deixar o carro ao lado entrar na minha frente sem reclamar ou mesmo xingar.

Nobreza parece ser coisa do passado, coisa de nossos pais. Penso que se mais pessoas tivessem atitudes nobres então teríamos menos balas perdidas, menos agressões, menos violência.


Da próxima vez que sair de casa, pense nisso um pouco e veja como você pode ser mais nobre em suas atitudes, em suas palavras, em sua vida e você verá que muita coisa pode ser diferente.

Continuo sem gostar do jogo do Nadal, continuo a não gostar de seus golpes e muito menos porque ele insiste em ganhar do Federer, mas não posso deixar de admitir uma coisa: Ele é um baita ser humano, uma pessoa incrível, um nobre no melhor sentido da palavra e eu preciso admitir, até porque é o mais nobre a fazer: aprendi a admirar esse rapaz. É impossível não fazê-lo.


Acho que este post está mais como um desabafo do que outra coisa.

Sábado à noite estou viajando para São Paulo, mais precisamente Artur Nogueira. Ficarei uma semana num encontro de pastores.

Tentarei continuar postando segunda e quinta. Torçam por isso.


Abraço a todos e Ótimo final de semana.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Lições de um pé torcido

Tudo bem? Ótimo comigo, ou melhor... Melhorando. Por quê? Conto....

Torci o tornozelo. Estava em no aeroporto de Cuiabá embarcando para São Paulo. Fazia meu check-in e por isso deveria colocar minha mala na esteira que leva as malas. Ela não estava tão pesada, mas era grande. Levantei e coloquei e sem nenhuma razão virei o pé. Pense numa dor!! Tentei disfarçar a dor para ninguém notar meu escorregão. Viajei com o tornozelo doendo bastante. Passei a viagem toda com o tornozelo doendo. Tinha que ir aos Estados Unidos para um seminário. Passei a viagem toda com o maldito do tornozelo dolorido. E na hora de calçar o sapato social? A dor era maior ainda. Mas passou. Esqueci da dor. Isso era outubro de 2008.

Passado pouco mais de um mês fui jogar futebol. Estava de férias em meu país e fomos jogar um jogo com o time da família. Coisas que só fazemos em férias. Joguei e no meio do jogo torci o tornozelo. Pisei no pé de um jogador e torci o mesmo tornozelo do aeroporto. Pense noutra dor!!! Cai e levantei com dor. O sensato seria parar de jogar, mas meu time "precisava" de mim então voltei a campo. No final do jogo, adivinha??? Pense numa dor ainda maior!!!! Pisei num buraco do campo e lá foi meu tornozelo esquerdo mais uma vez. Fui pro gol pra ajudar e porque não conseguia mais chutar a bola. Perdemos.

Em casa fiz gelo, fiquei de pé pra cima e disse no meu coração: chegando ao Brasil vou ao médico.

Chegamos ao Brasil. Tinha bastante coisa pra fazer antes de ir para a praia acabar minhas férias. Pensei: voltando da praia vou ao médico. Fui pra praia.

Chegando à praia encontrei um monte de amigos e encontrar amigos na praia para mim quer dizer fazer esporte e la fui eu de novo. Desta vez jogar vôlei. Joguei quase todos os dias. Foi divertido e o melhor é que o tornozelo quase não doeu e como era areia não havia a chance de torcer. Mas desgraça pouca é bobagem. Jogando numa tarde um colega um pouco mais animado caiu encima de meu pé, justamente o pé esquerdo. Doeu menos que as torções, mas doeu.

Cheguei de férias. Pensei: preciso ir ao médico. Vou depois. Já dizia D. Sara: Depois é nunca!

Fui jogar futebol de novo e de novo torci o pé. Desta vez foi leve, mas me fez pensar: ou vou ao médico ou não vou conseguir mais jogar nada e eu gosto muito de esportes. Fui ao médico!

Hoje fiz minha primeira sessão de fisioterapia. Enquanto estava sentado com meu pé numa pia de água quente ficava pensando comigo mesmo: porque não fiz isso logo?! Hoje tem um jogo bom e não vou jogar. Queria muito ir, mas o bom senso me diz para não ir. Porque não fui ao médico em outubro?! Já estaria bom de tudo, já poderia mostrar toda minha "habilidade" no campo.

Sabe, o que você tem que fazer, faça logo. Não fique deixando para amanhã, para depois. Depois é nunca. Isso é verdade, dura verdade.

Se tem que resolver um problema, resolva o mais pronto que puder. Não estou dizendo para fazer tudo com pressa e sim para não ficar adiando o que não precisa e nem deve ser adiado.

A verdade é que agente deixa as coisas para depois mais por medo do que por outra coisa. O enfrentamento é sempre assustador e faz com que agente sempre ache uma boa razão para deixar para amanhã. Verdade simples e básica: não deixe para amanhã o que você DEVE fazer hoje. Seja bom ou ruim. Tem que contar a verdade, faça logo. Tem que terminar o namoro, faça logo. Tem que enfrentar uma situação ou um problema, vá em frente com fé.

Tenho que voltar a fisioterapia. Tenho mais gelo e mais água quente para enfrentar. Gostaria de ir jogar bola. Melhor não. Melhor ir fazer o que devo fazer.

Tinha que escrever isso. Pensei em deixar para amanhã. Ainda bem que fiz hoje. Me sinto bem melhor.

Agora, dá licença que vou lá cozinhar meu pé!

Abraço e até quinta.

Ps. Mais tarde tem sermão novo.